quinta-feira, 23 de julho de 2009

Assassinar
A vaga memória
Desatada das brasas introspectivas
Refletidas,
Refletidas de auras de quimera
Adiar a consciência –
Crime desdeificado
Vastos traços de vácuo
Cicatrizavam as liberdades arrependidas

Palavra trocada
Palavra tocada
O toque da palavra
Emite fantasia
O toque da visão
Cintila fantasia
Os conscientes
Fantasiam,
Mas os que são
Simplesmente inexistem.

O universo
É enarmonia.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Silêncio da terra

Se fosse o mar
O cemitério da fênix,
A areia confundiria-se com a vida.

O renascimento é uma escolha
Mas da liberdade se engendra
O brilho efêmero do pó

Uma lágrima por vez...
Caem infelizes
Sem saber
Onde cair

Navegante

A vida de uma corrente
no oceano.
Conduz os perdidos
Que nos teus mares
- ébria paz que reflete cada canto do céu -
Despencam em um escorregão de alpinista
sem soprar pedras hostis
Apenas o mantra do corpo pleno
de consciência e inconsciência
Carregado de marés, e por marés
Entregue nos teus mares
Conduzido como perdido
Na corrente que me trouxe
a vida.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Fumaça

O palco era verde
Do bambu das flautas abertas como flor
Que controlavam os passos através de sua melodia
E existência

As inconstantes e gêmeas bocas
Que regiam com o sopro
A dança do próprio maestro,
Confundiam-se em sua própria semelhança

Olhos derretem sob um mar de verde
Fosforecente
E floresce
Na tímida dimensão gélida do vazio
Um fluxo de consciências
Fantasmagoria
E lua minguante.