quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Crianças de Gaza

Estruturas geodésicas eliminam o concreto
Epiléptico frente ao forte em queda
Livre dos estímulos periódicos
do eletrochoque paralisia mental -
Que a cova canibalize a catraca!
Profética em sua eterna hospitalidade.

Não há contemplação sem trevas
Arqueologia dos escombros superados pela erva-daninha
Não há dualidade sem dissenso
Nem meia-lua meiótica maximizadora, mortalmente nostálgica
Que acresce à bola de contato um lado sombrio
No equilíbrio das linhas deslizantes,

Não há disfarce sem grupo secreto
e conspiração das bestas medievais do contrabando
Em treinamento de guerrilha ocultista
ANTI-CAPITALISTA
Despovoadora da violência dadaísta
Oposição à não-violência racista, oh! Touro Sentado e Cavalo Louco, eu lhes saúdo!
As baionetas já não atendem ao colonizador: FLECHAS FLAMEJANTES O SAÚDAM.

Traumático e vagabundo,
Em guerra contra a tecnocracia cirúrgica do bisturi psicopata e sanguinário cofre
Vanguardas decaem frente ao cristo castrado sincronizado ante o sacro pênis de exú
Rebanhos (de)formam (anti-)percursos: alianças a curto e longo-prazo como mercadorias perecíveis da gramática normativa doente

Traumático e vagabundo,
Não há desgaste sem que a Pangéia se reparta,
e assim borbulham as estruturas do submundo
Coma
Profundo.

Não há saída,
Não há.