quarta-feira, 16 de junho de 2010

Espelho

Sofrem os deformados equilibristas
Vigilantes do extermínio,
O último emaranhado da elevação bestial
Adormece entre noites brancas de desamparo.

A fantasia das vísceras
- pele, pranto, ou fúria -
A anomia da inconstância
Hoje sou a dor da felicidade da lembrança
Da lembrança
da dor.

--------- O espelho --------

Engendram as miríades desmedidas
Os traços de barro pulsante
Da iluminação constante do sol entre as pétalas ondulantes
da flor
de Lótus.

Do emaranhado que renasce da elevação do leste da noite
A fantasia dos efêmeros passos entre rios
Das cordilheiras vermelhas desabam inteiras lembranças do que não foi
Do que sou, sensível,
do poema nos olhos do acaso livre
Irredutível.

Já confundo minha boca
e a tua.

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