segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Adentramos a mata atlântica procurando pelo sombreado teto tecido de umedecidas palavras dedicadas,
Cobertas de limo, saguis, tortos troncos tristes e fl(d)ores belas
O teu gesticular dos braços e do pescoço quente
Saboroso,
Indica o amanhã que sentimos
silencioso
Oferecido por tribos pré-colombianas.

Dividimos a dor como se fizéssemos arte, não estamos à parte!
Teu in(ex)terior é o sonho do sonhador, os mistérios da arte,
Teu mistério é o sonhador que sonha (des)acordado
Atingido pelas recordações dos arqueiros alados (do arco arquearam as vértebras as coincidências que te confeccionaram (te quero arqueada sob(re) meu toque), arcanjos ou cosmos, deuses ou a semente que fostes um dia que hoje é como a amazônia (inconformado tesouro de Monet nos reflexos da lagoa) que respira comunhão e vivacidade (O álcool de beira da estrada e da serra do japi))

am(doloridad)or
fustigante e tempestuosa madrugada de trovejantes lamúrias
Mais estrondosa é a insurreição do enfrentamento de prantos e fúrias
Através de novos prantos e fúrias e prantos furiosos
Am(Dol)orosos

Sobrevivemos enfim, após tornados terem ameaçado uma tentativa de alçar voo
FOMOS ATÉ O ESPAÇO INFINITO ONDE PRA SEMPRE ECOARÁ NOSSO ÂMBAR
Somos nômades numa terra SEM MALES SEM FIM! Que se expandam nossos ragas e atinjam as pragas
Que ameaçam
O cultivo.

Tu é sonho, menina, assim inteira
Dentro de tantos outros sonhos permaneces como o mais alto dos pássaros, que me ensinou a voar e cantar e entender que só é preciso voar (cantando) e cantar (voando)

Juntos quebramos em pedras onde ocorre o estouro das ondas que não encontram o caminho para a beira do mar
E lançados em um canal para os horizontes que não se apagam;

Te quero agora
Aqui onde o pincel não chora
Pois tudo é tão simples,
Quanto a sabedoria da flora.

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