quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tortura, paralisante tortura
O terrorismo da droga do medo Os imperturbáveis hoje se auto-sacrificam

Exilados na própria ausência


Ilhados na própria urgência

Que logo irá sumir como a linguagem diante da sensação

ou da tortura, paralisante tortura

Costura suas agulhas nas tonturas bolhas de conto de fadas


Tua cintura,

Flamenca cintura

Me emancipa da sede do desidratado

Para a sede de desatar os nós,

os botões, o gozo, os trovões

da mais alta profanação, encharcada de paganismo


(inacabado)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Leve como gota que te leve como nota
Leve gota
Nas cordas
Do violão.

domingo, 2 de janeiro de 2011

As marcas na tua pele macia
O corte do áspero acorde dissonante.
E tuas tranças traçam o tango atonal e túrgido como teu seio silvestre!

Já não preciso da necessidade
Ou da justificativa
Perambulante me crio
No desafio
(Errante)
(Que reluz)
No reclínio resplandecente.

Atravessar a dissolução do mundo
Koorookoolleh, Koorookoolleh!
Das fartas flechas cintilantes
Que abrem nossos versos radiantes
e indivisíveis

Atravessa meu corpo ilusório
Feito de pensamentos
A travessia da transição!
Embalados pela condição da senciência
Soletras dentro de mim
A voz da criação.

SEREMOS O QUE SOMOS E O QUE SEREMOS!

Te dedico
O sorriso etéreo,
Te dedico
O despertar do sorriso eterno
(Como leões na savana quente)
Somos o sono que preenche o céu do último orgasmo do dia
Orquestrado pelo mel que te possui e me dociliza quando cantas baixinho os sussurros das nossas patas e pelos e mandíbulas que descansam de tanto beijar
Somos como leões
Na savana quente.