terça-feira, 6 de maio de 2008

Labirinto


Uma manhã de despedidas, uma tarde de reencontros. Como seria eterno, como seria efêmero... O verão amanheceu o desabrochar de um nascimento - tardio; o aborto na tragédia, trágico tenro torpor, em trastes trajado, tão triste, tão invernal fogo. Que poderia a chama se não chorar? És inalcansável, e por isso te toco e não te possuo; qualquer sentido um câncer, sentido fantasiado em qualquer escuro, um encanto sentido por ti, réplica, por mim. Todos encantos beijam, e seus lábios, a loucura, eles festejam. Lúbricos, desinibidos; Ah, morbidez... Pois deste espelho, dancei sobre meus corpos a primavera. Uma flor pantanosa. Uma flor de lótus. Roto, beija o sopro vendaval.


Uma manhã de despedidas


E a eternidade...

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