Nossa urgência é pelo erguer dos punhos, e não só das mãos em um pedido de socorro. Não só da misericórdia desatenta - é preciso acompanhar ( ) ao lado dos aflitos, marchar como angústia, ser o crime e o desacatto; pois da ordem são confeccionadas as chicoteantes, paralisantes, ácidas algemas alienantes...
Estremece o verve
Dos frágeis desajustados
Aos trapos e trocas de passos
As vozes proclamam:
- Nós somos a rebelião!
Nós somos o motim,
O corte na garganta do cárcere
Que desfaz o câncer na garganta da fenda
(Por onde escorrem o pífio, o ínfimo, o fraco)
O lar das vozes que amam:
Queimar, tanto quanto falar
escutar
o incêndio
que asfixia a revolta.
A revolta
que incendeia
A própria chama.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
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Um comentário:
Anarcopoema. Anarcoponto.
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