segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Das veias do teu braço nas correntes de cipó
Dentro do meu
As cavernas nos esperam com seus céus rochosos
E o céu
Confunde astro e lua
e a argila que se transforma em escultura
Esculpida pelo vento, pela água
da chuva, da lágrima, da transpiração ofegante
O chocalho que anuncia o ritual pagão
E vestígio do som que fazes quando caminha, tropeça, diz ou cala, dorme ou sexo ou dormir antes do sexo
A música do som... o maestro que convoca, não conduz ou rege simplesmente - o maestro é criador (o mastro pode prever a neblina ou enxergar além)

Queria saber te falar sobre todos os compassos
mas esta dança não tem um fim
Pois de dançá-la
Seríamos vivos.

Amanheceríamos tempodosassassinostempodosas (Nus)
Nus tempodosassassinostempodosass (Nós vestiríamos)
TEMPODOSASS O Amálgama
TEMPODOSASS A significância
TEMPODOSASS A mesma natureza refulgente
TEMPODOSASS Do cinturão de Orion.

(A significância é a aderência da infrutescência!)

Queria saber te falar sobre todas as rosas e toda paz, todas as distâncias (distantes), cada nota que errarmos (mas tanto faz) que nos fará descobrir porquê aquele semitom
Mas tanto faz
O que dispertou continuará criando ramos de arco-íris

O céu confunde astro e lua
E arco-íris.

2 comentários:

Stigger disse...

Cara. Esta foi a tua melhor poesia, de longe. Fiquei retardado depois de ler. O mundo não tá preparado pra receber uma obra destas. Só os homens de outras galáxias poderão apreciar e entender a profundidade.

Stigger disse...

PS.: O desenho do poema é um dos mais lindos que eu já vi. É certamente muito único. aiuhsauhs
:D