segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Metade.

Me banhei num eco qualquer
de um sonho sem rosto
da pouca vida sem sonho
do invisível
que esmaece
Como num alguém qualquer
que acorda pra luz do sol
Se queima.
Deseja ecoar sem um grito, de flor
aos prantos
Mas não existe o pincel, a tinta
a cor,
Não existe a fotografia, a meia fotografia
Rasgada por tudo que canta pra ninguém ouvir
E o aplauso é o próprio canto de vela
dessas que logo se acabam...
Consumidas pelo fogo
Que de lágrimas brancas
faz de novo o sol
Ele só esmaece...

Um comentário:

Stigger disse...

"Me banhei num eco qualquer
de um sonho sem rosto"

Continuo achando que a tua poesia é uma mistura de Modernismo com Romantismo (não saberia precisar se segunda ou terceira geração). Usas palavras carregadas, mas organizas as mesmas com uma (des)estrutura anárquica.
Dá pra perceber alguma influência surrealista em ti também.

"Como num alguém qualquer
que acorda pra luz do sol
Se queima."

O que mais gosto são dos momentos que expressas sofregamente, "rasgadamente" (tive que falar, não achei um adjetivo melhor na chapadeira literal em que estou... açushdfuioçahd).

Sei lá, nem dá pra definir isso. Parece uma cria do Quintana com Byron!

asuihaiushaohdauishdf

:D

Supremo!