A morte do sentido do toque
Da visão moldada pelo toque
Ou do toque que quer ver.
O cego distante
Seu único amante
Alerta os passageiros da finitude
Para as mãos rígidas
Que derretem junto ao corpo
Extendido e embalado em um berço de nuvens
Ah, eu ouvi dizer, amante de si!
Ouvi dizer que fazes parte do outro!
A mentira da solidão
Não é percebida
Pela solitude dos acompanhados
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
"Ah, eu ouvi dizer, amante de si!
Ouvi dizer que fazes parte do outro!
A mentira da solidão
Não é percebida
Pela solitude dos acompanhados"
Fala sério, cara! Isso foi um marco na tua poesia! Uma mudança brusca de estilo - e achei muito mais tu. A última parte matou a pau. Ponto.
Acho que a solidão tem dois lados. Se compartilhada passa a ser lamento, e se aproveitada, legítima, mas em qualquer uma das duas os outros tem um papel exterior que muitas vezes está em nós mesmos, como maneira de encontrar a sí mesmo no outro; Ou, até mesmo, fugir de sí mesmo.
Achei bem profunda e bonita a questão.
Postar um comentário