Somos herdeiros da renascença
Do véu de repetições
Somos herdeiros da discórdia
Dos enigmas
frágeis enigmas insensatos
Vendados no ventre em vertigem -
Eu choro
A impermanência.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O Processo, pt. 3
Cicatrizes da irrealidade
Fantasmagóricas,
Reais.
Escama e a fotografia
Cicatrizes da imobilidade
De uma recordação.
As escadas da ponte
Contornam os frascos tempestuosos
Do fracasso –
Assim é a dúvida.
Assim se fragmentam
Os deuses inválidos do extemporâneo.
Que consiga o verso
Tornar breve o universo,
Instrumentos declamam
Seus lamentos desesperados.
Fantasmagóricas,
Reais.
Escama e a fotografia
Cicatrizes da imobilidade
De uma recordação.
As escadas da ponte
Contornam os frascos tempestuosos
Do fracasso –
Assim é a dúvida.
Assim se fragmentam
Os deuses inválidos do extemporâneo.
Que consiga o verso
Tornar breve o universo,
Instrumentos declamam
Seus lamentos desesperados.
sábado, 7 de novembro de 2009
O círculo de asceses do momento
Indeterminado
Devagar sobre os trilhos do trem
Descarrilhava seus lapsos
De memória viva.
Riscos
Traçados
E vida
Sem traços
Predestinados.
Embaralham-se os espelhos
Ávidos e ondulantes
Para sorver o desejo de descobrir
O que esconde o fundo falso,
De almas rasas.
As inquebráveis maquiagens transparentes,
De velhos espetáculos circenses,
Concebidos
Da confusão.
Indeterminado
Devagar sobre os trilhos do trem
Descarrilhava seus lapsos
De memória viva.
Riscos
Traçados
E vida
Sem traços
Predestinados.
Embaralham-se os espelhos
Ávidos e ondulantes
Para sorver o desejo de descobrir
O que esconde o fundo falso,
De almas rasas.
As inquebráveis maquiagens transparentes,
De velhos espetáculos circenses,
Concebidos
Da confusão.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
o Processo - pt. 2
A linguagem sexual
Além da anti-normalidade -
Um elo perdido.
A praga
das estações -
A regência humana
Da frágil sabedoria
Pansexual.
Me absorve todo, glória da manhã
Sou lobo,
Sou vasto,
Sou nativo
dos céus.
O Processo - pt. 2
Definhavam
Cristais da galáxia
Em seu êxtase inacabado
De uma epifania
À reveleção,
Até o processo transformar-se
Comum.
O labirinto
Prisma do instinto
Amo das estrelas
Brincava de criador
Enquanto era criado.
O Processo - pt. 2
A liberdade
é ser
A liberdade é a vida
Vida contida de ser
Escolhida
Um corpo
A fadiga,
A ferida
Torta.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
As penas secretas
Sou do lugar
Onde sou todos os tempos
Todos os tangos
Sou do lugar
Onde juntos vamos
Para lugar nenhum
Nem ritmo,
Nem música,
Nem silêncio.
Sou dor implume!
O incurso da tragédia
No limo dos breves
Nem ritmo,
Nem música,
Nem silêncio.
A dança
Jamais
Terminou.
Discreto
Como pressentir os passos
Do elefante de olhos vendados?
Seus olhos são flautas,
O caleidoscópio
Fragmentado.
O veneno de Júpiter
Recorta os membros
Insípidos e canibais,
Denunciam o relógio de madeira
Intocável e impenetrável
Voz.
sábado, 24 de outubro de 2009
Asibnnac
Mudança da expressão
Homens voando em esferas do sono
O arco indígena toca a mão,
E reaparece nos pés
Grito!
O rosto em frenesi diz
Buda
Feliz.
Todos os olhos entram em mim
Todos os olhos sincopados
Entram em mim.
Homens voando em esferas do sono
O arco indígena toca a mão,
E reaparece nos pés
Grito!
O rosto em frenesi diz
Buda
Feliz.
Todos os olhos entram em mim
Todos os olhos sincopados
Entram em mim.
sábado, 17 de outubro de 2009
Deserto de nuvens vermelhas
Se dessem frutas
minhas mãos
Saberiam tocar
Espalha teu sêmen
Sobre o deserto
Assim florescerá a vida
Oonde os campos lisérgicoos
São crianças correndo sutilmente
Nos girassóis.
minhas mãos
Saberiam tocar
Espalha teu sêmen
Sobre o deserto
Assim florescerá a vida
Oonde os campos lisérgicoos
São crianças correndo sutilmente
Nos girassóis.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Trilha
Quando desvendaria um sóbreo o incolor
O doce nomadismo da onda verde terra
Assim como tudo é mais infinito sem luz
As luzes apontam:
"Tu, que sonhas na janela!
és do musgo e das jasmins
Da selva e do selvagem,
Nem o peixe, nem o pescador:
A onda que vai... vai...
De todos todos os caminhos, todos são!
O sopro, sutil
Leve
Apocalíptico!
De tantos coiotes, um só.
Ferido de insônia e criação
E por isso uiva, e canta...
Dançante sobre as pedras do abismo que é
Ser real demais.
O doce nomadismo da onda verde terra
Assim como tudo é mais infinito sem luz
As luzes apontam:
"Tu, que sonhas na janela!
és do musgo e das jasmins
Da selva e do selvagem,
Nem o peixe, nem o pescador:
A onda que vai... vai...
De todos todos os caminhos, todos são!
O sopro, sutil
Leve
Apocalíptico!
De tantos coiotes, um só.
Ferido de insônia e criação
E por isso uiva, e canta...
Dançante sobre as pedras do abismo que é
Ser real demais.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O Processo - pt. 1
Ah, eu vivo a poesia do acaso...
Das palavras borboletas azuis
Assassinas do disfarce!
Eu sou a poesia do acaso
Do confronto embriagado de silêncio livre
E cantante.
Eu sou
O confronto só.
Psicodelia torta.
Espero, irmão
Nosso tempo.
A boemia,
Os diamantes da orgia,
A arte que destrói e cria
Nossa voz unificada
Em solidão e desejo.
Espero, irmão
O tempo que não é nosso!
(Que também é nosso)
Da desconstrução dos palácios de concreto
A confusão dos olhares bacantes
pela incerteza de um sorriso.
Dos laços bucólicos
- Libertinos -
Que unem a nossa
Poesia.
Poesia que não é nossa!
Que também é nossa...
Do fim e tempestade
Dos teatros virgens
Da tinta nostálgica do céu do Guaíba,
Cada som e silêncio
Da flauta às cordas da ventania,
O vinho derramado.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Avalanche
A montanha é
iluminação
e queda.
Quero ser
seus mil platôs
e queda.
Que as cinzas do que fui
Queimem como sou
Que os fragmentos sólidos, breves
do fogo, do corpo
Consumam o frio do topo.
Quero a iluminação da queda
O impossível e o invisível
Da iluminação.
iluminação
e queda.
Quero ser
seus mil platôs
e queda.
Que as cinzas do que fui
Queimem como sou
Que os fragmentos sólidos, breves
do fogo, do corpo
Consumam o frio do topo.
Quero a iluminação da queda
O impossível e o invisível
Da iluminação.
Redenção
A flor
Bordada de nuvens
cheias de frescor
e sereno triste
No cotidiano a loucura,
E na loucura o cotidiano
da dúvida.
Bordada de nuvens
cheias de frescor
e sereno triste
No cotidiano a loucura,
E na loucura o cotidiano
da dúvida.
Penumbra
Aqui jaz
A surpresa
Do Jazz
Incolor
E aquarela.
O equilíbrio do corpo
É a tensão
O credo inocente
É o perdão
Nem um,
Nem outro.
A surpresa
Do Jazz
Incolor
E aquarela.
O equilíbrio do corpo
É a tensão
O credo inocente
É o perdão
Nem um,
Nem outro.
sábado, 22 de agosto de 2009
Segredo
O palhaço despedaçou
A tinta do rosto que desconhecia.
Descobriu que descobria qualquer som colorido
Que a correnteza dos esgotos na sarjeta, em qualquer fim de tarde de chuva fresca
Em um barco de papel pulsava
O quebra-cabeça da própria expressão:
Uma máscara
Cadeada
Por um novo rosto nu.
Mas por ser palhaço, não sabia
Que a memória é extinta
Na própria expansão.
E o anúncio no jornal vira ruína
E nossa ruína o passado
E desvedaríamos o que?
Nossa própria
Extinção.
A tinta do rosto que desconhecia.
Descobriu que descobria qualquer som colorido
Que a correnteza dos esgotos na sarjeta, em qualquer fim de tarde de chuva fresca
Em um barco de papel pulsava
O quebra-cabeça da própria expressão:
Uma máscara
Cadeada
Por um novo rosto nu.
Mas por ser palhaço, não sabia
Que a memória é extinta
Na própria expansão.
E o anúncio no jornal vira ruína
E nossa ruína o passado
E desvedaríamos o que?
Nossa própria
Extinção.
Reflexo
O risco
de todo o som
O borrão
de todas as luzes
O piano em cada voz de esquina que passa e confunde
A voz divina
A própria
Voz.
Cicatrizes são fases escondidas da dor
Como a cinza do incêndio
Como os raios que celebram o céu,
O quadro que reflete na pintura do interior de si no outro e o infinito
Até tornar-se
Tudo.
de todo o som
O borrão
de todas as luzes
O piano em cada voz de esquina que passa e confunde
A voz divina
A própria
Voz.
Cicatrizes são fases escondidas da dor
Como a cinza do incêndio
Como os raios que celebram o céu,
O quadro que reflete na pintura do interior de si no outro e o infinito
Até tornar-se
Tudo.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Tapete Voador
A felicidade prega o sentido da alma.
Perdalusão perplexa de parir sementes hostis
Redescobertas mandalas
Refletidas no espelho tácido inconstante
Inconstantemente ter
A fuga da palavra.
Simbologia Atrocidade Hábito Inocência Reflexão Anomia Crime Negação Analogia Narcótico
Perdalusão perplexa de parir sementes hostis
Redescobertas mandalas
Refletidas no espelho tácido inconstante
Inconstantemente ter
A fuga da palavra.
Simbologia Atrocidade Hábito Inocência Reflexão Anomia Crime Negação Analogia Narcótico
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Passa paisagem, trem
Alguém
Florestas, e alguma coisa urbana
Passam carros, ruídos, som
Construções e desconstruções
Materiais e imateriais
Passam cores, amores
Cores vivas ou incolores
Nos olhos, no vento
Em um sorriso desbotado
Passam saberes
sólidos, incostantes
Feitos de tempo
Passa a saudade,
a dor, o orgasmo
Passa a vontade do café
e do cigarro
Passa então, desapercebida
Breve como uma poesia
Passa a vida.
Alguém
Florestas, e alguma coisa urbana
Passam carros, ruídos, som
Construções e desconstruções
Materiais e imateriais
Passam cores, amores
Cores vivas ou incolores
Nos olhos, no vento
Em um sorriso desbotado
Passam saberes
sólidos, incostantes
Feitos de tempo
Passa a saudade,
a dor, o orgasmo
Passa a vontade do café
e do cigarro
Passa então, desapercebida
Breve como uma poesia
Passa a vida.
Sinestesia 1
A morte do sentido do toque
Da visão moldada pelo toque
Ou do toque que quer ver.
O cego distante
Seu único amante
Alerta os passageiros da finitude
Para as mãos rígidas
Que derretem junto ao corpo
Extendido e embalado em um berço de nuvens
Ah, eu ouvi dizer, amante de si!
Ouvi dizer que fazes parte do outro!
A mentira da solidão
Não é percebida
Pela solitude dos acompanhados
Da visão moldada pelo toque
Ou do toque que quer ver.
O cego distante
Seu único amante
Alerta os passageiros da finitude
Para as mãos rígidas
Que derretem junto ao corpo
Extendido e embalado em um berço de nuvens
Ah, eu ouvi dizer, amante de si!
Ouvi dizer que fazes parte do outro!
A mentira da solidão
Não é percebida
Pela solitude dos acompanhados
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Assassinar
A vaga memória
Desatada das brasas introspectivas
Refletidas,
Refletidas de auras de quimera
Adiar a consciência –
Crime desdeificado
Vastos traços de vácuo
Cicatrizavam as liberdades arrependidas
Palavra trocada
Palavra tocada
O toque da palavra
Emite fantasia
O toque da visão
Cintila fantasia
Os conscientes
Fantasiam,
Mas os que são
Simplesmente inexistem.
O universo
É enarmonia.
A vaga memória
Desatada das brasas introspectivas
Refletidas,
Refletidas de auras de quimera
Adiar a consciência –
Crime desdeificado
Vastos traços de vácuo
Cicatrizavam as liberdades arrependidas
Palavra trocada
Palavra tocada
O toque da palavra
Emite fantasia
O toque da visão
Cintila fantasia
Os conscientes
Fantasiam,
Mas os que são
Simplesmente inexistem.
O universo
É enarmonia.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Silêncio da terra
Se fosse o mar
O cemitério da fênix,
A areia confundiria-se com a vida.
O renascimento é uma escolha
Mas da liberdade se engendra
O brilho efêmero do pó
Uma lágrima por vez...
Caem infelizes
Sem saber
Onde cair
O cemitério da fênix,
A areia confundiria-se com a vida.
O renascimento é uma escolha
Mas da liberdade se engendra
O brilho efêmero do pó
Uma lágrima por vez...
Caem infelizes
Sem saber
Onde cair
Navegante
A vida de uma corrente
no oceano.
Conduz os perdidos
Que nos teus mares
- ébria paz que reflete cada canto do céu -
Despencam em um escorregão de alpinista
sem soprar pedras hostis
Apenas o mantra do corpo pleno
de consciência e inconsciência
Carregado de marés, e por marés
Entregue nos teus mares
Conduzido como perdido
Na corrente que me trouxe
a vida.
no oceano.
Conduz os perdidos
Que nos teus mares
- ébria paz que reflete cada canto do céu -
Despencam em um escorregão de alpinista
sem soprar pedras hostis
Apenas o mantra do corpo pleno
de consciência e inconsciência
Carregado de marés, e por marés
Entregue nos teus mares
Conduzido como perdido
Na corrente que me trouxe
a vida.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Fumaça
O palco era verde
Do bambu das flautas abertas como flor
Que controlavam os passos através de sua melodia
E existência
As inconstantes e gêmeas bocas
Que regiam com o sopro
A dança do próprio maestro,
Confundiam-se em sua própria semelhança
Olhos derretem sob um mar de verde
Fosforecente
E floresce
Na tímida dimensão gélida do vazio
Um fluxo de consciências
Fantasmagoria
E lua minguante.
Do bambu das flautas abertas como flor
Que controlavam os passos através de sua melodia
E existência
As inconstantes e gêmeas bocas
Que regiam com o sopro
A dança do próprio maestro,
Confundiam-se em sua própria semelhança
Olhos derretem sob um mar de verde
Fosforecente
E floresce
Na tímida dimensão gélida do vazio
Um fluxo de consciências
Fantasmagoria
E lua minguante.
sábado, 27 de junho de 2009
Pincel e borrão
A metamorfose
Surpreendida.
O renascimento na fuga
Em uma caminhada estéril
Mas é indecifrável
A trilha das nuvens!
E quando os olhos piscam
O céu se põem novamente
Abstrato.
Nuvem que forma a serpente
Nuvem que forma esqueleto
Nuvem que enquadra o espelho
Reflete
Nirvana
Reflete
Dor
Reflete
Espírito
Livre.
Tornar-se árvore
E atingir a nuvem que forma
Sem raíz.
Os olhos lançam
A fonte da penetração
O gozo
Transborda
Do corpo.
Surpreendida.
O renascimento na fuga
Em uma caminhada estéril
Mas é indecifrável
A trilha das nuvens!
E quando os olhos piscam
O céu se põem novamente
Abstrato.
Nuvem que forma a serpente
Nuvem que forma esqueleto
Nuvem que enquadra o espelho
Reflete
Nirvana
Reflete
Dor
Reflete
Espírito
Livre.
Tornar-se árvore
E atingir a nuvem que forma
Sem raíz.
Os olhos lançam
A fonte da penetração
O gozo
Transborda
Do corpo.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Grãos de Areia
sábado, 30 de maio de 2009
O homem feito de pedras feitas de homem
Adormecer nu
E respirar o trauma do raciocínio precoce
Adoecer
Razão
Nua
Alvorece a lágrima de dádivas
Esculpidas em um lençol de pedras
A espera da dança, mãe oceânica
Que há de martirizá-las em pó
Enquanto ingênuo e frágil
Desaba o mais forte dos iluminados
(Falsos iluminados)
de falsa luz e aura incólume
Coroados com os chifres
da racionalidade.
Borboleta
Fazer do amor e saudades
uma condição
De perfume indomável
Cor de vida distante
Cor viva de um pulso recortado
Ah, se pudesse de novo desabar o mel venoso
na antítese dos teus seios
Nem a mentira de um vento escrito
Inflamaria estações de solitude despercebida
Fazer da espera e retorno
Uma poesia que surge e vai...
Assim se procura o âmago
Do que se foi
E do que se espera que retorne
Eternamente.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Pergaminho dos ecos (Anomia 1)
quinta-feira, 26 de março de 2009
Vagabundo, pt.1 - primeiros haicais
folhas secas
despedaçam.
corpos
se fundem
e o borrão de outono
vira terra.
despedaçam.
corpos
se fundem
e o borrão de outono
vira terra.
terça-feira, 3 de março de 2009
Clarividência
As luzes da civilização
São um crepúsculo de morte anunciada
Prenúncio do acordar para ser
Na vermelhidão fronteiriça
entre o corpo
e a terra.
O sol é o início do dia.
O sol é o fim da noite.
O sol é o fim do dia.
O sol é o início da noite.
E enquanto lânguidos tormentos de nebulosas coloridas
Desapercebidos anestesiarem
Os sentidos da ausência
(de sentido)
(De vida)
A ausência dos sentidos,
Entenderei a perdição, de não-luz
De um deus próprio
De ser eu.
Ainda então, fosse o prenúncio da morte anunciada
Fosse a crise do colapso de um empate,
Onde nem sol nem lua
Triunfasse sobre a imensidão?
Que nova onisciência amaldiçoaria
A inconsciência de estar vivo?
O sol é o início,
E o sol é o fim.
São um crepúsculo de morte anunciada
Prenúncio do acordar para ser
Na vermelhidão fronteiriça
entre o corpo
e a terra.
O sol é o início do dia.
O sol é o fim da noite.
O sol é o fim do dia.
O sol é o início da noite.
E enquanto lânguidos tormentos de nebulosas coloridas
Desapercebidos anestesiarem
Os sentidos da ausência
(de sentido)
(De vida)
A ausência dos sentidos,
Entenderei a perdição, de não-luz
De um deus próprio
De ser eu.
Ainda então, fosse o prenúncio da morte anunciada
Fosse a crise do colapso de um empate,
Onde nem sol nem lua
Triunfasse sobre a imensidão?
Que nova onisciência amaldiçoaria
A inconsciência de estar vivo?
O sol é o início,
E o sol é o fim.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Entregue
Todos os sonhos se despedem
em um mar de beija-flor
Cada retorno,
Um Sonho,
Novos sonetos feitos de amor.
De fuga
Fogo
De amor.
Minha cegueira
É a minha nitidez -
enxergo uma só lua no céu,
feita de diamantes
do âmago de amantes
Ah... tu nasces durante o dia
Mas não morres
com as nuvens mais ternas,
Com os carnívoros corvos
Da resposta.
Procurar sentido
Onde não existe sentido
Sentir não é sentido
O que foi sentido, se sente
Sem sentido
Só sentir
Porque o que se sente
Só se enraíza sentido
Se souber sentir
Só sentir
Significar sem saber...
Sente... Sente... Sinto...
Sentir é se despedaçar
Sem tempo...
E colher cada metade
Cada vida,
Como se fosse nascer outra vez.
Morrer outra vez?
De tanto amor, amar...
Disfarçar meus disfarces
Folhando folhas de papel em branco
Cheias de sussurros secretos
Segredos
Tão inomináveis segredos...
Que nenhum infinito, ou finitude
Ou mesmo romances de alaúde
Concordariam em manchar
A pele listrada de borrões transparentes
- escritos ou não, são feitos de um beijo –
Tristes ou não, são também feitos de um beijo
Transformam-se no início
Das noites que adormecem o tempo
Pra sempre...
em um mar de beija-flor
Cada retorno,
Um Sonho,
Novos sonetos feitos de amor.
De fuga
Fogo
De amor.
Minha cegueira
É a minha nitidez -
enxergo uma só lua no céu,
feita de diamantes
do âmago de amantes
Ah... tu nasces durante o dia
Mas não morres
com as nuvens mais ternas,
Com os carnívoros corvos
Da resposta.
Procurar sentido
Onde não existe sentido
Sentir não é sentido
O que foi sentido, se sente
Sem sentido
Só sentir
Porque o que se sente
Só se enraíza sentido
Se souber sentir
Só sentir
Significar sem saber...
Sente... Sente... Sinto...
Sentir é se despedaçar
Sem tempo...
E colher cada metade
Cada vida,
Como se fosse nascer outra vez.
Morrer outra vez?
De tanto amor, amar...
Disfarçar meus disfarces
Folhando folhas de papel em branco
Cheias de sussurros secretos
Segredos
Tão inomináveis segredos...
Que nenhum infinito, ou finitude
Ou mesmo romances de alaúde
Concordariam em manchar
A pele listrada de borrões transparentes
- escritos ou não, são feitos de um beijo –
Tristes ou não, são também feitos de um beijo
Transformam-se no início
Das noites que adormecem o tempo
Pra sempre...
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