quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Crianças de Gaza
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Dm7
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
As marcas na tua pele macia
O corte do áspero acorde dissonante.
E tuas tranças traçam o tango atonal e túrgido como teu seio silvestre!
Já não preciso da necessidade
Ou da justificativa
Perambulante me crio
No desafio
(Errante)
(Que reluz)
No reclínio resplandecente.
Atravessar a dissolução do mundo
Koorookoolleh, Koorookoolleh!
Das fartas flechas cintilantes
Que abrem nossos versos radiantes
e indivisíveis
Atravessa meu corpo ilusório
Feito de pensamentos
A travessia da transição!
Embalados pela condição da senciência
Soletras dentro de mim
A voz da criação.
SEREMOS O QUE SOMOS E O QUE SEREMOS!
Te dedico
O sorriso etéreo,
Te dedico
O despertar do sorriso eterno
(Como leões na savana quente)
Somos o sono que preenche o céu do último orgasmo do dia
Orquestrado pelo mel que te possui e me dociliza quando cantas baixinho os sussurros das nossas patas e pelos e mandíbulas que descansam de tanto beijar
Somos como leões
Na savana quente.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Adentramos a mata atlântica procurando pelo sombreado teto tecido de umedecidas palavras dedicadas,
Cobertas de limo, saguis, tortos troncos tristes e fl(d)ores belas
O teu gesticular dos braços e do pescoço quente
Saboroso,
Indica o amanhã que sentimos
silencioso
Oferecido por tribos pré-colombianas.
Dividimos a dor como se fizéssemos arte, não estamos à parte!
Teu in(ex)terior é o sonho do sonhador, os mistérios da arte,
Teu mistério é o sonhador que sonha (des)acordado
Atingido pelas recordações dos arqueiros alados (do arco arquearam as vértebras as coincidências que te confeccionaram (te quero arqueada sob(re) meu toque), arcanjos ou cosmos, deuses ou a semente que fostes um dia que hoje é como a amazônia (inconformado tesouro de Monet nos reflexos da lagoa) que respira comunhão e vivacidade (O álcool de beira da estrada e da serra do japi))
am(doloridad)or
fustigante e tempestuosa madrugada de trovejantes lamúrias
Mais estrondosa é a insurreição do enfrentamento de prantos e fúrias
Através de novos prantos e fúrias e prantos furiosos
Am(Dol)orosos
Sobrevivemos enfim, após tornados terem ameaçado uma tentativa de alçar voo
FOMOS ATÉ O ESPAÇO INFINITO ONDE PRA SEMPRE ECOARÁ NOSSO ÂMBAR
Somos nômades numa terra SEM MALES SEM FIM! Que se expandam nossos ragas e atinjam as pragas
Que ameaçam
O cultivo.
Tu é sonho, menina, assim inteira
Dentro de tantos outros sonhos permaneces como o mais alto dos pássaros, que me ensinou a voar e cantar e entender que só é preciso voar (cantando) e cantar (voando)
Juntos quebramos em pedras onde ocorre o estouro das ondas que não encontram o caminho para a beira do mar
E lançados em um canal para os horizontes que não se apagam;
Te quero agora
Aqui onde o pincel não chora
Pois tudo é tão simples,
Quanto a sabedoria da flora.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Dentro do meu
As cavernas nos esperam com seus céus rochosos
E o céu
Confunde astro e lua
e a argila que se transforma em escultura
Esculpida pelo vento, pela água
da chuva, da lágrima, da transpiração ofegante
O chocalho que anuncia o ritual pagão
E vestígio do som que fazes quando caminha, tropeça, diz ou cala, dorme ou sexo ou dormir antes do sexo
A música do som... o maestro que convoca, não conduz ou rege simplesmente - o maestro é criador (o mastro pode prever a neblina ou enxergar além)
Queria saber te falar sobre todos os compassos
mas esta dança não tem um fim
Pois de dançá-la
Seríamos vivos.
Amanheceríamos tempodosassassinostempodosas (Nus)
Nus tempodosassassinostempodosass (Nós vestiríamos)
TEMPODOSASS O Amálgama
TEMPODOSASS A significância
TEMPODOSASS A mesma natureza refulgente
TEMPODOSASS Do cinturão de Orion.
(A significância é a aderência da infrutescência!)
Queria saber te falar sobre todas as rosas e toda paz, todas as distâncias (distantes), cada nota que errarmos (mas tanto faz) que nos fará descobrir porquê aquele semitom
Mas tanto faz
O que dispertou continuará criando ramos de arco-íris
O céu confunde astro e lua
E arco-íris.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Manifesto
Estremece o verve
Dos frágeis desajustados
Aos trapos e trocas de passos
As vozes proclamam:
- Nós somos a rebelião!
Nós somos o motim,
O corte na garganta do cárcere
Que desfaz o câncer na garganta da fenda
(Por onde escorrem o pífio, o ínfimo, o fraco)
O lar das vozes que amam:
Queimar, tanto quanto falar
escutar
o incêndio
que asfixia a revolta.
A revolta
que incendeia
A própria chama.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Por baixo dos estigmas
Por baixo dos panos
Planos
Eles se encontram aniquilados
A deformação nasce da guerra
A deformação nasce do mérito
Da fé que maltrata em cruz.
Capturadas as mãos que crucificadas
Exterminavam com pregos (pontiagudos)
Os que repetem assim a busca das mãos enrugadas
Para consumir
Sua sede de vida.
O protagonista
(velho, bêbado, saxofonista)
Se despede
E vai de encontro ao drama
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Nam-Myoho-Renge-Kyo-Nam-Myoho-Renge-Kyo-Nam
Porque te sinto
Te sinto
Porque não sei porque (porque as sombrancelhas surpresas, o gesto, mínimo gesto, e minha confusão se transforma no mesmo instante na condição da tua presença imensurável e VIVA, MUITO VIVA, entorpecente, tanto sabor do teu sabor)
Te escrevo sem querer, sem saber
Te escrevo
(onisciente)
Porque juntos somos
A alvorada.
Andorinha
Sol caindo!
Andorinha
Ilha do pensamento fértil
Andorinha
Textura da água (pequenos seres)
Nuvem (rápida!)
Pupila
- Misteriosa
pupila - esfera negra que não cai
Andorinha
Bem-te-vi.
Te escrevo
Porque (te) vejo
Tão perto de mim...
Do abrigo
da rede que balança
teu peito no meu.
Escrevo
Porque
Em ti
Escrevo
Com língua e cinco elementos.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Kaimé e Kayru-kré em confronto (criador)
(O encanto:)
Pequenez do que separa (em união)
Teu ventre do meu suspiro
Respiro
O suave da suavidade e não apenas o peso de seu preâmbulo
Os mananciais do sublime que ressoa na fonte (libertária do teu oceano) da calma que irrompe em ascensão
Como fronteira para o andarilho
Ou o barco que não atraca no cais,
A satisfação das maçãs colhidas da queda entre carícias do gramado de fantasias de infância (permanecerão)
Purpur(in)a
das amoras,
das amoreiras,
Suco que banha e sacia os corpos selvagens
Uivantes sob o cisma do medo.
Teus lábios
São utopia.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Entre tuas asas
O ramalhete da pureza -
Precipício,
é teu beijo de revolução.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Tuas origens
Famintas de sutileza
Percorrem as teclas do piano por onde deslizam desejosos os delírios do teu castanho evanescente
Em harmonia
E quietude.
Me exilar no teu corpo salgado,
E explicar ao tempo
Que não mais retorno
Senão à curva em desvios e acidentes de encontro ao teu suor,
Apenas ao idílio incendiário e ininterrupto das tuas mãos vibrantes e acolhedoras,
Emolduradas por estrelícias alvorecentes.
Tua dança sobre pés descalços
Anuncia entre os inefáveis campos do desapego
A espera
Do inevitável
Verão de sossego.
Como faca que rasga e fura, cintila seus caules vermelhos de prata fria
Gélida e enfurecida
O triunfo do óbito
Absorve a overdose da carne
A sombra é o negro do ópio
e lava das erupções
Inexpressiva e cíclica se desfaz em sombra e silêncio
Súbito (como)
Eclipse devaneante e súdito como as pegadas os rastros as ciladas nos frascos, fractais que miram o passado do próprio reflexo
O espinho é penetração e sangue derramado
As lágrimas o espírito de êxtase nebuloso
Os meteoros que não são vistos
No estranho
Obsessivo
Como aguda e insatisfeita promessa
No abismo
Tudo um dia sucumbe
A fraude dos temores resigna seu próprio compasso
Fracasso!
(Não pretendia o degolamento catastrófico da vertigem, como rasgam as cortinas da catarse)
Quero te despir
Suavemente
Como o sopro
e o vendaval.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Das vozes
Psicótica penumbra vazia, do teu suor ácido e mosaico uterino que esparrama esperma e conchas do mar
Tênues vagabundos proclamam
o panda em preto e branco
(sonoros como sinos) espasmos da colméia.
Te devoro, óbito comum!
Descortino o pudor da consequência
no centro do círculo
a face intransponível de
RÁ!
E os corredores, babilônicos perdedores
Pois da marreta contra o tijolo expandem os caminhos não lineares
da selva
das nadadeiras fora do aquário
de todos os lados todos os laços todos os relutantes compassam
Minguante.
O redescobrimento
é a dor da passagem, onde existe a fuga do círculo que a ponta da agulha transforma em formas astrais
e rompe seu lacre
devolvendo às frutas do alto da copa das árvores que residem a casca descascada a costura descosturada
Os primeiros passos da criança
A primeira queda
Fatal.
Espelho
Vigilantes do extermínio,
O último emaranhado da elevação bestial
Adormece entre noites brancas de desamparo.
A fantasia das vísceras
- pele, pranto, ou fúria -
A anomia da inconstância
Hoje sou a dor da felicidade da lembrança
Da lembrança
da dor.
--------- O espelho --------
Engendram as miríades desmedidas
Os traços de barro pulsante
Da iluminação constante do sol entre as pétalas ondulantes
da flor
de Lótus.
Do emaranhado que renasce da elevação do leste da noite
A fantasia dos efêmeros passos entre rios
Das cordilheiras vermelhas desabam inteiras lembranças do que não foi
Do que sou, sensível,
do poema nos olhos do acaso livre
Irredutível.
Já confundo minha boca
e a tua.
domingo, 18 de abril de 2010
Degenerados deuses do erro
E o erro dos deuses,
Sublime é o turvo do anonimato
de entorpecidas profecias satíricas
Dispersas e inversas
Do sacrifício usurpador e lânguida piedade.
Sacrifica o sacrifício!
Veste o invólucro contra a própria couraça
O trompetista e seu chapéu negro
Deflora a virgem anciã
Os caminhos opostos no mesmo abstrato
Entre os troncos e suas expressões
Retorcidas de escárnio,
De aflições.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Espelho
Queda
da cor
E da queda
da flor
E daquela mulher estuprada
Pelas facas que refletem
os últimos raios de sol.
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Os primeiros terremotos do inverno:
Queda
da cor
E da queda
da flor
e daquele amor pequeno
do tamanho desta estação.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Manifesto
Pois já se tornaram a própria flor
O epicentro
Da tempestade.
O mantra dos grilos
Ecoava na ciranda celeste
Reflexo inverso da totalidade
Onde as raízes
Não significam -
INQUESTÃO!
A reformulação
de si.
O símbolo se desfragmenta
Em subtítulos, subtítulos...
Não sei dizer do que não foi dito
Pareço grito, irrestrito
Desconstruo o reconstruído,
Desconstrói a vírgula!
Apaga a infrutífera víscera do tempo
O instinto
Extinto
Não vê o símbolo da palavra extinta.
A lembrança do seio da terra
Do epicentro
Da tempestade.
quinta-feira, 25 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Se expande
Externo à essência
Inexistente
Inexistência
O ritmo das alegorias vítimas
Destila o vício da virtude ríspida
Subúrbios Édipos
De sua ancestralidade.
Devorador dilúvico
Contra o sádico, satiriza
Impactante colheita cataclísmica
Instaura em estouros o estorvo, contorno, do amargo
Âmago
De suplícios.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Em direção aos portões do barco a vela
Mas as pegadas nos restos mortais formam incompreensões
As asas circulares vingam a serpente em suas asas despedaçadas
Espetáculos Românticos içavam as faíscas dos símbolos
Inóspitos e sinuosos
Uma carcaça dá a luz ao próprio voo
E o que parecia único
Hoje é um gêmeo.
O Processo: FIM
O aborto.
Temo encontrar apenas no fim do limite
dos buracos negros
A nova idéia genuína
O caminho materno precede o aborto
Expulsos do útero, da catatonia
Tornam-se precoces subversões revisitadas
Rememoradas, Reafirmadas
Em sua própria transpiração torrencial de sangue colorido
Manchantes infantes dos redemoinhos formados do caos
Subverter o drama em desejo
Subverto o drama em desejo
Fendas dispersam o alcansável da nudez inocente
Tornado de colapsos
Tornam-se o sêmen na correnteza, a gota no oceano
O oceano na gota faminta e improvável
Que percebe no erro nada mais
Além da normalidade.
O Processo, pt. 5
O pianista no deserto
Toca
Onde nunca eu fui antes
A areia que sai
do pó, do corpo do pó
A mim mesmo entregue
Perdido
No sonho, indício
início, incita
Onde nunca eu fui antes
O campo de violetas cinzas
- OS PRIMÓRDIOS DO DESCONHECIDO -
Se convertendo no próximo
Ciclo de finitudes no próprio
Infinito
Absurdos!
Na explosão própria
dos halos que multiplicam
dos halos que frutificam
Tudo ao redor
Penetra tudo ao redor
E enxerga
O mundo
Os núcleos
Circundantes.
Filosofia do Processo, pt.1b
O acaso é o único deus, e tal conclusão justifica a incapacidade e incompletude do ser humano quando tenta temporalmente lidar com o espanto diante da própria existência.
Lunas
Três vozes cantam
E desaparecem
Procuro o eco
Dos nomes celestes
Nos malabares dançantes
Regidos pela lua nova.
Filosofia do Processo, pt.1
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Incompleto
Do véu de repetições
Somos herdeiros da discórdia
Dos enigmas
frágeis enigmas insensatos
Vendados no ventre em vertigem -
Eu choro
A impermanência.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O Processo, pt. 3
Fantasmagóricas,
Reais.
Escama e a fotografia
Cicatrizes da imobilidade
De uma recordação.
As escadas da ponte
Contornam os frascos tempestuosos
Do fracasso –
Assim é a dúvida.
Assim se fragmentam
Os deuses inválidos do extemporâneo.
Que consiga o verso
Tornar breve o universo,
Instrumentos declamam
Seus lamentos desesperados.
sábado, 7 de novembro de 2009
Indeterminado
Devagar sobre os trilhos do trem
Descarrilhava seus lapsos
De memória viva.
Riscos
Traçados
E vida
Sem traços
Predestinados.
Embaralham-se os espelhos
Ávidos e ondulantes
Para sorver o desejo de descobrir
O que esconde o fundo falso,
De almas rasas.
As inquebráveis maquiagens transparentes,
De velhos espetáculos circenses,
Concebidos
Da confusão.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
o Processo - pt. 2
O Processo - pt. 2
O Processo - pt. 2
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
As penas secretas
Discreto
sábado, 24 de outubro de 2009
Asibnnac
Homens voando em esferas do sono
O arco indígena toca a mão,
E reaparece nos pés
Grito!
O rosto em frenesi diz
Buda
Feliz.
Todos os olhos entram em mim
Todos os olhos sincopados
Entram em mim.
sábado, 17 de outubro de 2009
Deserto de nuvens vermelhas
minhas mãos
Saberiam tocar
Espalha teu sêmen
Sobre o deserto
Assim florescerá a vida
Oonde os campos lisérgicoos
São crianças correndo sutilmente
Nos girassóis.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Trilha
O doce nomadismo da onda verde terra
Assim como tudo é mais infinito sem luz
As luzes apontam:
"Tu, que sonhas na janela!
és do musgo e das jasmins
Da selva e do selvagem,
Nem o peixe, nem o pescador:
A onda que vai... vai...
De todos todos os caminhos, todos são!
O sopro, sutil
Leve
Apocalíptico!
De tantos coiotes, um só.
Ferido de insônia e criação
E por isso uiva, e canta...
Dançante sobre as pedras do abismo que é
Ser real demais.